Estou ficando até preocupada, porque ultimamente (há mais ou menos uma semana, ou menos disso) as notícias que vejo na Internet (seja no Facebook, no Instagram ou em outra rede qualquer) me impressionam, por exemplo: vi que ontem um rapaz teve a cabeça decepada, viajando na zona da fronteira entre o Brasil e o Paraguai; ele ia de moto, atravessou a ponte e do outro lado sucedeu isso; parece que ele se meteu numa zona proibida, sem nenhuma sinalização, com alguma corda tesa pendurada, esticada, no seu caminho, e ele talvez não a tenha visto; isso é o que eu posso imaginar, para decepar a cabeça dele. Que horror! Ia com uma moça na garupa da moto, e ela saiu ferida, mas acho que nada grave.
Ontem, também, uma mulher atropelou, de forma muito violenta, dois meninos (12 e 13 anos). O menor tinha atuado na novela Pantanal, representando o Tadeu, quando criança. O outro era vizinho dele, e muito amigo. Ele está gravemente ferido, no hospital, e o maiorzinho morreu. Não entendi como essa mulher procedeu com tanta violência, ao ponto: de matar uma das crianças e deixar a outra ferida de gravidade, se ela só pegou o próprio carro para estacionar melhor e dar espaço aos bombeiros, que foram à sua rua atender a uma emergência. Isso não daria para uma velocidade capaz de matar duas crianças, já nem tão pequenas! Só se ela saiu feito um raio, com toda a aceleração permitida (quero dizer, pela potência do carro!).
Também me impressionei muito com uma garotinha italiana, de 7 anos, que morreu, na Alemanha, esmagada por uma estátua de 200 kg de peso, e 1,40 m de altura, que caiu em cima dela. Ela estava brincando com um garotinho, da sua idade, e, de repente, a estátua caiu, isso diante do pai dela. Pensam que ela poderia haver subido na estátua, mas são ainda especulações.
Outra notícia impressionante, para mim: duas crianças morreram, mortas pela própria mãe, de 31 anos de idade: uma menina de 3 anos, asfixiada com um travesseiro, e um menino de 7 anos, estrangulado. Meu Deus, o mundo estará ficando louco? Só pode ter sido um ataque de loucura, esse da mãe, para ter a frieza de matar os dois filhos com as próprias mãos! Eu jamais teria coragem para isso: tirar a vida dos meus próprios filhos, sem nenhuma razão aparente. Aliás, não existe razão, aparente ou não, para você matar seus filhos! Este mundo está louco, louco! E eu, estaria ficando louca também, por impressionar-me tanto? Não é apenas uma impressão de horror, de indignidade, mas é de pena das vítimas, que eu nem conhecia, e que às vezes nem são meus compatriotas, como no caso da menininha italiana! Mas, eu sinto como se fosse minha conhecida! Acho que “ando tão à flor da pele”, que qualquer notícia dessas me deixa abalada! Será que é o avanço da minha idade que vai me provocando isso? Ou será que este mundo está ficando tão insano, que provoca a insanidade dos humanos?
E parece que estou meio medrosa, também: anteontem, já deitada para dormir, me levantei da cama e fui verificar se a Cristina (a empregada, que viajou, de férias) havia deixado do lado de dentro (que é como deve ficar) a chave da porta de serviço, que dá acesso à nossa casa, desde o teto, isto é, a parte mais alta da casa, que aí seria a cobertura. Para minha tranquilidade, encontrei tudo devidamente regular, com a chave em seu lugar.
Espero que isso não comece a me acontecer, pois eu não tinha medo de quase nada nesta vida, a não ser de barata, rato, terremoto, essas coisas “aterrorizantes” mesmo!
E nem sou dessas pessoas inseguras que, a todo momento, verificam se ainda estão com o celular, a carteira etc., para assegurar-se de que ainda as têm. Quando ponho uma coisa no lugar, sei que está ali. Só verifico minha bolsa, antes de sair, para ter a certeza de que tudo que vou precisar estará lá (carteira e óculos, principalmente), mas não preciso andar procurando a todo momento…
Não sou muito apreensiva nem pessimista, de achar que me vão acontecer coisas ruins onde não há a menor possibilidade de perigo! Mesmo nesta terra, onde as oportunidades de risco são frequentes (coisas como roubos, assaltos, assédios, a casas ou pessoas, assim como no Brasil). Ando com as pouquíssimas joias que tenho, vou até mesmo ao supermercado com elas. São tão simples e pouco chamativas que nem me lembro que as estou usando: só uso constantemente o meu anel de compromisso e um colarzinho quase invisível, de ouro: nada que valha a pena um ladrão arriscar-se por coisas monetariamente tão insignificantes, e só significativas e importantes para mim, pela procedência.
Tenho algumas coisinhas de ouro, mas não as uso normalmente: duas pulseiras (uma, que foi herdada da minha querida mãe, e outra, que foi um presente do meu marido). Eu tinha também algumas outras coisas, das quais a mais significativa era um colar de ouro, que a minha avó me deu no dia em que completei dezoito anos. Para mim, era um sonho, belo e de significado estimativo. Essas joias tiveram um fim traumatizante para mim: foram empenhadas, sem o meu consentimento, e não resgatadas a tempo, pelo meu ex-marido. Ainda hoje tenho na lembrança essa maravilhosa gargantilha, que nunca pude recuperar nem substituir, porque jamais encontrei alguma que me preenchesse como aquela peça, de tanta estética e de um valor sentimental inestimável!
O meu marido atual já me presenteou com algumas peças bonitas e de certo valor, como pulseiras, anéis, brincos (nada como aquele colar inesquecível!), que também me agradaram, mas chegaram a mim em uma época em que eu já não estava interessada em coisas de tanto valor. Com ele (meu marido), tive várias oportunidades de usar joias um pouco mais elegantes, em festas, reuniões, casamentos, graduações etc., mas me pareciam objetos suntuários, que não rimavam tanto com a minha personalidade, muito mutável, parece! Passei a preferir usar coisas mais atrativas que valiosas, não sei se por algum trauma gerado pelo medo de perdê-las! Hoje em dia, que já estou velha, prefiro usar coisas um pouco mais discretas!
Mas, mesmo nesta avançada idade, ainda me “pego” folheando páginas de cores ou estilos de moda, hábitos esses um tanto impróprios para a minha etapa quase “senil”. Também, devido à pandemia, que parece ter vindo para ficar, e às precauções e isolamentos que ela ainda implica, tenho saído pouco, leia-se “raramente”, e minha roupa antiga ainda está em muito bom estado, e é a que uso para as escassas saídas, sem precisar comprar nada. Meus sapatos quase se limitam aos tênis, mais cômodos para estes pés já não tão ágeis e aguentadores.
Agora, refletindo bem, acho mesmo que todas essas coisas descritas e lamentadas não passam de um sinal dos tempos! Chega um dia em que tudo se desmorona e “a casa cai”!
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