Laís Viegas de Valenzuela

Meus problemas

agosto 17, 2023 | by ipsislitteris.com

Meu Deus, eu preciso me convencer – mas com convicção mesmo – de que já estou velha e que não posso fazer certas coisas sozinha. Meu marido é muito bom para mim; acho até que ele me “cuida” demais, talvez mesmo para ver até onde vai tanta resistência (não no sentido de oposição, mas de quanto aguento): agora, deu na cabeça dele comprar uns quadros muito bonitos que vimos, de um brasileiro, no Facebook; eu também gostei muito, mas por mim compraria só dois, porque acho que 3 pinturas vão encher demasiado a sala (em duas paredes: dois quadros numa e um na outra). Bom, mas o problema é comprar lá em Santa Catarina, pagar e trazer para cá: ou temos que confiar no pintor, de que ele nos entrega os quadros depois de pagos, ou ele confiar na gente, de que pagamos mesmo, depois de receber os quadros. Ainda tem o frete de Santa Catarina, onde ele mora, até Recife, de onde a Claudia (minha filha) podia nos trazer os quadros, pois ela vai agora para lá. Outra coisa: “queremos” renovar os sofás do quarto. De fato, já têm muito tempo mesmo, mas acho que já estou no fim da vida pra estar renovando a casa. Pra que renovar tanto as coisas, para pessoas que já estão no fim da vida? Não sei quanto ainda vou durar, mas tenho saúde e disposição, e não pareço uma pessoa às portas da morte, de jeito nenhum. Só que um sofá de estofado novo dura no mínimo 7 anos (os nossos duram muito mais: o primeiro durou 16 anos); já precisava mesmo mudar, né? o segundo (o mesmo, com tecido e estofado novos) durou uns 12 anos e o terceiro (mesmos móveis, também com tecido e estofado novos) já vem durando 8 anos. E é isso mesmo o que os sofás vão durar, no mínimo, mas eu é que não vou (nem quero!) durar tanto! Então, por que eu iria mandar estofar novamente os sofás? Esclareço: não são os mesmos que já duraram 36 anos (esses são os da sala, “modernizados”, com cara de novos). Os que menciono agora são de uma salinha onde eu trabalho e onde venho às vezes com amigas, conversar. Mas o tecido está novinho, só o estofado um pouco mole, “vencido”, como dizem aqui. Além disso, sou eu quem vai ter de escolher o tecido novo, e me pergunta se eu tenho ânimo para comprar isso! Ainda saí para comprar o tecido da sala. (abro parênteses para dizer que não sou uma pessoa que se conforma com qualquer coisa: sempre quero eu escolher o que vou ter na minha casa; então, acho que vou ter que ir, senão não vou gostar, a menos que eu contratasse uma decoradora para trocá-los; mas se não fiz isso com a sala, eu mesma arrumei toda a minha casa, imagine para uma salinha secundária!). Temos uns quebra-luzes bem antigos, que só estão precisando renovar os “abat-jours”, que estão velhos e feios. Então, fui tentar substituir o tecido, e sei que ficariam novinhos (temos uns 9 ou 10 quebra-luzes aqui em casa, dos quais a maioria – uns 5 – está em perfeito estado: um deles só falta comprar um vidro, que não encontro mais). Os outros três estão com o tecido dos “abat-jours” feio. E isto eu mesma queria resolver, porque acho que ninguém vai querer cobrir uma “pantalla” (como chamam aqui), do tecido que eu gostar e escolher. Assim, estou com esses “probleminhas” para resolver…  

P.S. Hoje, depois de algum tempo de ter escrito isso, já resolvi todos…

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