Sei que não é por um extremo patriotismo que eu aprecio as coisas do Brasil. É que realmente é uma nação constituída por gente brilhante, de ideias boas, agradáveis, cabeças inteligentes, vozes maravilhosas, como se pode ouvir no programa “The Voice Brasil”, com interpretações encantadoras e desempenhos profissionais muito sérios, a ponto de os técnicos (cantores e compositores) sentirem dificuldade em escolherem entre um e outro que se apresentam cantando juntos.
Esse é só um pequeno exemplo, no vasto mostruário dos artistas brasileiros. São pessoas que levam muito a sério o trabalho que desempenham, ou são artistas que, ao mesmo tempo em que são engraçados, riem de si mesmos, sabem reconhecer e admitir situações em que foram “passados para trás”, e que nem tudo em sua vida são flores e estrelas, como aconteceu ontem, num programa do Fábio Porchat (um humorista inteligente e de mente aberta, e, como se ainda fosse pouco, bonito), em que as pessoas contam situações vexatórias ou de constrangimento que lhes acontecem.
Meu marido e eu tínhamos um filme para ver, mas casualmente ligamos a televisão e estavam passando esse programa, que já nos interessou, porque demos boas gargalhadas das histórias contadas e das respostas que os entrevistados deram a algumas perguntas que o entrevistador fez. Terminando esse, continuamos a ver, desta vez o Pedro Bial, que é um jornalista/entrevistador de mão cheia, e que ontem entrevistava duas artistas de teatro e novela; elas abordaram assuntos muito interessantes, com respostas e comentários inteligentes, que também despertaram o nosso interesse. Falaram sobre o seu trabalho no teatro e na televisão, também sobre outros artistas e aí passaram a discorrer sobre mulheres “poetas” (não consigo incorporar ao meu vocabulário essa nova denominação!) e suas obras. Nesse momento, o Pedro Bial falou que havia aprendido que as mulheres que se dedicavam a fazer poesias se chamavam “poetisas”, mas que, de repente, passaram a ser denominadas “poetas”, sem saber explicar a razão. Mas, então, passaram a falar de inumeráveis mulheres brasileiras que exercem essa atividade, de compor poesias. Aí, cada um deles (inclusive o Bial) declamou ou leu poesias de três mulheres; comentou seus trabalhos e sobre as atividades das próprias artistas. Aí terminou o programa. Assim, acabou também a nossa noite artística e literária, para que nos pudéssemos dedicar a ver uma série de televisão, que já nos estava esperando ansiosa desde o dia anterior! Mas, como nem só de cultura vive o homem, fomos ver essa série, que só tem o propósito de divertir !
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